As rendas antigas suscitam sempre a nossa admiração. Quem foram as suas criadoras?
A história do crochê não é muito conhecida. Na sua origem encontram-se, certamente, as riquissímas rendas de bilros e de agulha que só a nobreza e o clero podiam adquirir. As rendas de crochê desenvolveram-se a partir da tentativa de copiar essas rendas decorativa, de modo a torná-las acessíveis a todas as camadas da população.
Inicialmente, as rendas de crochê destinavam-se apenas ao engalanamento do vestuario. No entanto, durante a época do Romantismo as rendas ganharam uma grande importência como elementos decorativos de toalhas e lençois, assim como sob a forma de naperons delicados. Começaram a ser executadas bolsinha, com várias formas e feitios, em materias valiosos, parcialmente enfeitados com contas enfiadas no fio. Também eram usadas como bolsas para o tabaco e porta-moedas. As golas em crochê, assim como os jabots e punhos de renda eram igualmente muito apreciados. Estes acessórios sedutires permanecem até hoje como elemento da moda.
De fato, a criadora da gola artística anteriormente mencionada é conhecida! Chamava-se Thérèse de Dillmont e provinha de uma familia aristocrática vienense. Nasceu a 28 de Outubro de 1846 e ainda muito jovem era uma entusiasta de bordados delicadosa. Frequentou a academia de bordados fundada pela imperatriz Maria Teresa em Viena. Foi uma das alunas mais distintas, destacando-se pela sua habilidade, criatividade e força de vontade.
Fundou seu atelier de bordados em outubro de 1884, em Dornach, perto de Mulhouse.
Entre as diversas publicações relativas às várias técnicas de artes manuais, a coroa de glória de Thérèse de Dillmont foi a "Enciclopédia dos lavores femininos" publicada em 1886. Está edição é considerada, ainda hoje, a "bíblia dos trabalhos manuais" e encontra-se traduzida em dezessete idiomas.
Fonte: Burda extra - Os mais belos Padrões em croche. Ed. Aenne Burda